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Jesus, a Palavra Eterna e Criadora
Introdução
João inicia seu Evangelho de forma majestosa, apresentando Jesus como o Verbo eterno de Deus.
Ele não começa com genealogias ou eventos históricos, mas remonta à eternidade passada para nos mostrar quem é Cristo.
Este texto nos ensina sobre a divindade de Jesus, Sua eternidade e Seu papel na criação. Ele é o Verbo que trouxe vida e luz ao mundo.
João 1.1-3 estabelece as bases para compreender toda a revelação divina. Exploraremos três verdades essenciais sobre Jesus reveladas neste texto.
1. Jesus, a Palavra Eterna
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (Jo 1.1)
João ecoa as palavras de Gênesis 1.1: “No princípio criou Deus os céus e a terra.” Ele intencionalmente aponta para a eternidade, enfatizando que Jesus existia antes da criação.
A palavra “Verbo” (Logos, no grego) era usada tanto no pensamento judaico quanto no grego para denotar razão, sabedoria e palavra criadora.
Exegese:
- Logos: Refere-se à expressão de Deus, ou seja, Jesus é a plena manifestação de quem Deus é (Hb 1.3).
- “Estava com Deus”: Indica relacionamento íntimo e eterno dentro da Trindade.
- “Era Deus”: Declaração direta da divindade de Jesus.
Referências complementares:
- Cl 1.17: “Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.”
- Ap 22.13: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim…”
Aplicação:
Como cristãos, precisamos reconhecer que nossa fé não é baseada em ideias humanas, mas na Palavra viva e eterna. Jesus é imutável, assim como o Pai.
2. Jesus, a Palavra Criadora
“Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” (Jo 1.2-3)
Jesus não é apenas eterno, mas também o Criador. Ele foi o agente ativo na criação de todas as coisas.
Assim como em Gênesis 1, onde Deus cria pelo poder da Palavra, João afirma que tudo foi feito por meio de Cristo.
Exegese:
- “Todas as coisas foram feitas por ele”: Indica que Jesus é o agente criador de tudo o que existe, visível e invisível (Cl 1.16).
- “Sem ele nada… se fez”: Exclui qualquer possibilidade de algo existir independentemente de Cristo.
Referências complementares:
- Hb 11.3: “Pela fé entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados…”
- Sl 33.6: “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus…”
Aplicação:
O reconhecimento de Jesus como Criador nos chama à adoração. Somos obras de Suas mãos, e isso nos convida a viver em submissão ao Seu senhorio.
3. Jesus, a Palavra que Revela Deus
“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória…” (Jo 1.14)
Embora o foco principal de João 1.1-3 seja a eternidade e a criação, esses versículos introduzem a ideia de que Jesus é a revelação de Deus aos homens.
Ele não apenas criou, mas entrou na criação para nos salvar e nos mostrar quem é Deus.
Exegese:
- “Habitou entre nós” (Jo 1.14) conecta o Logos ao tabernáculo no Antigo Testamento, onde Deus habitava entre Seu povo.
- A glória que vimos em Cristo é a revelação da graça e verdade de Deus.
Referências complementares:
- Hb 1.2: “A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo…”
- 2Co 4.6: “Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações…”
Aplicação:
Jesus não é apenas o Criador distante; Ele é Emanuel, Deus conosco. Devemos buscar conhecê-lo profundamente por meio da comunhão diária.
Conclusão
João 1.1-3 é um convite a contemplar a majestade de Cristo: Ele é eterno, Criador e revelação perfeita de Deus.
Esses versículos nos ensinam que Jesus não é apenas parte da história; Ele é o início, o meio e o fim de todas as coisas.
Chamada prática:
- Adore a Cristo como o Deus eterno.
- Reconheça Sua soberania como Criador.
- Busque conhecê-lo como a revelação perfeita de Deus.
Versículo-chave para memorização:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (Jo 1.1)